Água incansável que flui
num correr infindável
na direção do destino.
Horas em desatino,
horas calma e serena
quando a aflição diminui.
Em sua longa jornada
entre fendas, montanhas
e terra lavrada,
encontra a mansidão
nos dias de solidão
ao fim de sua caminhada.
Contesta falácia apregoada,
sereno, de alma lavada
não morre ao achar o mar.
O rio que corria na terra
serpeando a imensidão,
agora aprende voar.
Magia que a razão duvida,
o rio volta à vida
correndo nas asas do vento,
acariciado pelo sol que arde,
invisível, sem alarde
em busca de seu intento.
Cai em forma de chuva
para ressurgir na nascente
e repetir o destino.
Surge pequenino,
aos poucos se agiganta
numa colossal torrente.
Rudimar Hauenstein
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